A fonte solar fotovoltaica acaba de bater um novo recorde histórico no Nordeste do Brasil. As usinas solares fotovoltaicas da região registraram um pico de geração, atingindo um fator de capacidade instantâneo de 94%, suficiente para suprir 10,3% de toda a demanda elétrica da região.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os estados nordestinos possuem atualmente 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada solar fotovoltaica, tendo alcançado uma máxima diária de 1,13 GW, com maior pico de geração registrado no dia 25 de setembro de 2019, às 11h57.
De acordo com a entidade, o Brasil possui atualmente 2,2 GW de potência instalada operacional em usinas solares fotovoltaicas de grande porte, o equivalente a 1,3% da matriz elétrica do País. Atualmente, a geração de eletricidade a partir do sol ocupa a 7ª posição na matriz elétrica do Brasil, tendo em 2019 ultrapassado a fonte nuclear, com 1,9 GW (1,1%), provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no estado do Rio de Janeiro.
Estas usinas solares fotovoltaicas operam em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País, com destaque para Bahia, Minas Gerais, Ceará, Piauí e São Paulo.
Ao todo, são 73 projetos de geração centralizada solar fotovoltaica em operação, contratados por meio de leilões de energia elétrica do Governo Federal. Segundo levantamento da ABSOLAR, os investimentos privados em grandes usinas solares fotovoltaicas no Brasil ultrapassarão R$ 23,2 bilhões até 2023.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a região Nordeste, em especial, se destaca pelo alto índice de irradiação solar, com forte atratividade para o desenvolvimento de novos projetos solares fotovoltaicos de pequeno, médio e grande portes. “As usinas solares fotovoltaicas do Brasil têm se destacado por sua alta produtividade , com fator de capacidade médio 54% maior do que a média mundial, graças à combinação de um excelente recurso solar, do uso de equipamentos e componentes modernos e de alta tecnologia e do empenho do setor na operação das usinas”, avalia Sauaia.
Já o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ressalta que a fonte solar fotovoltaica tem se tornado cada vez mais competitiva e estratégica ao Brasil. Por isso, deverá assumir maior protagonismo no planejamento da expansão da capacidade de geração da matriz elétrica brasileira. “Certamente, a fonte solar fotovoltaica é hoje uma das principais soluções para a redução do preço da energia elétrica e para o crescimento econômico em território nacional”, aponta.
“Também incluo nesta análise a geração distribuída solar fotovoltaica, que representa cerca de um terço da capacidade instalada da fonte no País e contribui de forma expressiva para a geração de empregos e renda tanto na região Nordeste, quanto em todo o Brasil”, conclui Koloszuk.
Fonte: Victor Gargano - O Setor Elétrico - 07/10/2019
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